terça-feira, 26 de abril de 2011

Meu Primeiro Post

Putz grilo! Um post (meu, por que itálico? Está em inglês, não?Agora não mais).

Isso aqui pode ser pior que uma metralhadora! Internet... livre... livre de censura! Mais livre que pingulim só de bermuda e sem cueca! Ihaaaaaaaa...

Posso fazer uma declaração de amor-sertanejo-universitário-brega que queimaria meu filme em frente de milhões de pessoas! Ou dar minhas sapatadas no establishment, U2, BBB e o velho saco de pancada da TV moderna. É bom lembrar que falar mal da TV virou sinônimo de ser intelectual! Sai de mim! Sai de mim! Intelectual é aquele ser que sempre tem de vomitar a última idéia sobre qualquer coisa! De gamão à receita de risoto da vovó! De estrelas anãs-brancas ao fim do calendário sioux... eu sou burru! Com U minúsculo no lugar errado!

Enfim, as possibilidades dessa coisinha aqui são enormes! O primeiro, e possivelmente o último, espaço realmente democrático a existir na história humana. Aqui se divulgam idéias, mentiras, muitas mentiras, todo tipo de informação! As pessoas se conectam, reconectam, disconectam. Fernando Pessoa cairia de inveja com o monte de heterônimos que cada um tem: alterego, superego... perfís fake! Rá! Mas o melhor de tudo é a possibilidade de mostrar a si próprio como você (ou vc) mesmo tem valor próprio! Chega das figuras de linguagens! Pleonasmo aqui não! Só catacrese: imagina se o espelho tivesse cabeça para refletir mais sobre si próprio e pudesse fazer uma auto-imagem? Cruzes! Quanta auto-reflexão!

Mas nem de reflexão viverá o homem... ele pode ter um profile bem Legal no Facebook (que Deus tenha o Orkut) e mandar bala num marketing pessoal! Todo mundo tem um perfil feliz (exceto os emos!), alegre, bem sucedido, viajado (alguém já viu uma foto postada no meio do aterro sanitátio e sobre a legenda "eU nU aTeRRu Di bElForD RoXU"? Não né?), inteligente (cada post tirado de uma estante empoeirada que nem um pano com álcool e Velho Barreiro tira a canalhice da publicação!), etc.etc.etc. Coitada da Clarice Linspector! A grande e enorme possibilidade de difusão da informação na internet ceifaram sua grande obra e cada poema seu virou uma dose homeopática em forma de mp3! Discos inteiros? Livros inteiros? Para quê, meu filho? Chama o pai dos burros (não não, o Aurélio se foi antes do Orkut), o gasto e útil Google, e bota lá entre aspas "o sentimento no momento em que você acordou" + Clarice Linspector que o bicho cospe um grão de areia para você! Prático! Para que entender o todo se o todo não cabe no nosso tempo? Vamos simplificar a vida! Passemos a régua! Chamemos o Bhaskara, regra de 3, soma e produto:

"A raiz quadrada do pensamento é igual a felicidade morna do dia a dia" C.Q,D (Como Queríamos Demonstrar).

OBS: eu ia falar da vida própria e imprópria que O Pequeno Príncipe de Saint-Exupéry ganhou, mas isso aqui iria virar o roda a roda do Silvio Santos!

Ser burru é bom, eu juro! Nos dá a possibilidade de ver o quão escroto a gente é! Chega daquele papo besta de entrevista de emprego "meu defeito é ser perfeccionista". Pára cara! Isso só te põe na fila dos "é só mais um". O lance é ter a idéia de como a gente é pequeno e como a gente não sabe nada de nada, acho que esse é o ponto de partida para qualquer viagem. É o copo vazio do Bruce Lee no "Render-se nunca, retroceder, jamais!". Ser burru e ter um copo de sabedoria não tão vazio te dá a possibilidade infinita de nunca parar de crescer... mas não! Bora pintar a superfície do copo e encher o seu perfil galático-facebookiano de um colorido meia-boca. Mas eu tenho uma dúvida, isso é a receita de bolo para ser feliz? Não sei...

Fico na dúvida por aqui nesse post suicida. Se ninguém ler, eu pelo menos escrevi!

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